Sobre o livro:

“Com Web e participação – a democracia no século XXI, Drica Guzzi vai muito além das possibilidades que a Internet abre para uma democracia enredada. Ela nos oferece uma análise das condições que propiciam uma conversação entre os cidadãos e seus representantes nos governos, em que a emergência de espaços informacionais recombinantes facilitam a migração da governança para as mãos das pessoas comuns. Drica aponta que a revolução não televisionada rompeu o amálgama do poder. É simples assim!” (Hernani Dimantas, Escola do Futuro/USP)

“Este livro não foi escrito sob efeito da eleição “conectada” de Barack Obama. Há anos Drica Guzzi estuda e atua no uso das novas tecnologias na mobilização de eleitores e cidadãos. Há anos divide seu cotidiano de pesquisadora com a participação ativa no Acessa São Paulo, programa referência de inclusão digital no Brasil. Aqui há a leitura de um mundo que lhe é íntimo, cujos fatos provam, a cada dia, a clareza de suas teses.” (Ricardo Kobashi, responsável pelos portais do governo do estado de São Paulo).

“Drica Guzzi é uma investigadora sensível e verdadeiramente dedicada a fomentar a inclusão social por meio das novas tecnologias digitais. Há mais de 10 anos acompanho sua atuação apaixonada como coordenadora das atividades pedagógicas do Acessa SP, promovendo maneiras inovadoras de participação pública através do uso compartilhado e qualificado das TICs. Esta leitura é uma reflexão imperdível sobre os caminhos da inclusão digital no Brasil” (Mariana Balboni, coordenadora do Observatório para a Sociedade da Informação na América Latina e Caribe –OSILAC – da Cepal, Nações Unidas).

“Daqui a algumas décadas, um historiador dirá que nascia uma nova sociedade nestes anos em que vivemos. Drica, em seu excelente livro, fotografa a democracia colaborativa que vai se fazendo em tempo real, abrindo nossos olhos para um novo mundo onde não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras. Boa leitura e boa viagem”. (Gil Giardelli, palestrante, professor da ESPM).

Orelha do livro:

“Em Web e Participação: a democracia no século  XXI, Drica Guzzi nos traz uma leitura importante dos movimentos de redes sociais no Brasil via Web 2.0 e sua relação com a participação pública eletrônica, a chamada e-participação. A partir de uma análise do continuumda participação pública ela descreve como podemos caminhar em ações democráticas por meio da Internet de maneira progressiva. Oferecer informação ao público seria um grau mínimo de possibilidade de participação, e que pode evoluir para a escuta do público, seu engajamento para a solução de um problema e, finalmente, para o estabelecimento de um compromisso ou acordo. A autora mostra, então, como o conceito de democracia e os dispositivos de participação ampla que proporcionam as atuais tecnologias de comunicação estão intimamente ligados. Isso vem modificando substancialmente o debate político, como ficou provado no “Caso Obama”.

Perguntas do tipo “o processo de tomada de decisões em políticas públicas está aberto à população, ou vivemos o surgimento de um tecno-populismo, em que os que possuem mais recursos falam mais alto?”, orientam suas análises. Drica Guzzi nos oferece exemplos bem sucedidos de consultas on-line tais como a “Enquete parlamentar on-line sobre violência doméstica”, no Reino Unido, “A rede Iperbole e a construção de uma comunidade participativa on-line, uma e-consulta sobre o trânsito na cidade de Bolonha”, na Itália, e o Acessa São Paulo, programa do governo do Estado de São Paulo.

A partir do uso das ferramentas de ‘enquete’, surge uma distinção importante entre ovoto e a voz, que pode ser traduzida como a diferença entre apenas referendar algo com o voto popular e, por outro lado, participar da discussão ativa com sua voz, ou seja, influir na governança. Além disso, como a autora sugere, são raras as pesquisas no Brasil que enfocam a combinação inclusão digital e participação pública. Por isso, o livro se encerra com uma apresentação detalhada do processo de implantação do programa Fala São Paulo, uma experiência que envolveu desafios não apenas tecnológicos e de inclusão digital, mas de desenvolvimento de estratégias para a real participação pública na governança política por meio da Internet.

Seu trabalho reforça de forma brilhante e profunda a discussão sobre os desafios permanentes de construção do espaço público, do comum, que se torna mais complexa com o uso dos meios digitais de comunicação no século XXI”. (Rogério da Costa,Laboratório de Estudos em Inteligência Coletiva e Biopolíticas – LINC, da PUC-SP).